domingo, 24 de outubro de 2010

TEXTO PARA IMPRIMIR (turmas de administração)

(Uma dica: copiem o poema, abram o programa word, selecionem em layout o comando colunas,  escolham duas colunas, colem o poema e, finalmente, imprimam. Assim vocês terão de imprimir apenas 3 páginas.)

O Operário em Construção


Vinícius de Moraes


E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.



Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão – 
Era ele quem os fazia 
Ele, um humilde operário, 
Um operário em construção. 
Olhou em torno: gamela 
Banco, enxerga, caldeirão 
Vidro, parede, janela 
Casa, cidade, nação! 
Tudo, tudo o que existia 
Era ele quem o fazia 
Ele, um humilde operário 
Um operário que sabia 
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento 
Não sabereis nunca o quanto 
Aquele humilde operário 
Soube naquele momento! 
Naquela casa vazia 
Que ele mesmo levantara 
Um mundo novo nascia 
De que sequer suspeitava. 
O operário emocionado 
Olhou sua própria mão 
Sua rude mão de operário 
De operário em construção 
E olhando bem para ela 
Teve um segundo a impressão 
De que não havia no mundo 
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Bancos x Clientes, uma relação de escravismo moderno

A escravatura, também nomeada de escravidão ou escravismo no Brasil, é a prática social em que um ser humano tem direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. (Dicionário Digital Wikipédia) 

A escravatura foi abolida do Brasil em 1888, com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel. 

Com ela os negros se tornaram “livres” da opressão dos brancos. 

Passados mais de 100 anos, estamos diante de uma nova relação de escravismo, com novas regras, mas que se enquadram dentro da definição clássica do termo. 

Porém, não são mais os “brancos”, mas sim os “bancos” (gostaram do trocadilho?) os senhores dos escravos, e a condição de escravo já não é mais exclusiva dos negros, atingindo também mulatos, pardos, mamelucos, cafuzos, índios, e todas as misturas de cores e raças possíveis e imagináveis, inclusive, é claro os próprios brancos. 

Vejamos como funciona este escravismo moderno: 

Os senhores dos escravos eram donos de toda a produção do trabalho dos escravos, que apenas tinham o direito de ficarem calados e trabalhar. 

Hoje, é um pouco diferente, no começo, depois de certo tempo, fica igual. 

Os bancos cobram juros absurdos, e cobram juros absurdos sobre estes juros absurdos e tornam as dívidas absurdamente impagáveis, fazendo com que uma dívida de R$ 1.000,00 se transforme em uma absurda bola de neve que em poucos meses se multiplica absurda e vertiginosamente. (notaram como há absurdos neste absurdo?) 

O que no começo era uma dívida que consumia 10% ou 20% do salário começa a consumir 30%, 50% ou mais. 

Como os senhores de escravos, eles não têm dó ou piedade, e se o escravo não cumpre com sua obrigação (de trabalhar, ficar calado e destinar o fruto do seu trabalho para eles) “voluntariamente”, eles tomam o que entendem que é seu por direito e se apoderam de seu salário logo que ele cai na sua conta. 

Se você consegue se livrar de ter a conta raspada, bem, aí você vai ser castigado, mas não por chicotadas no tronco, embora isto seja uma idéia tentadora para eles, mas de algumas formas mais modernas e “humanitárias”, como ser cobrado dia e noite por telefone, cartas e cobradores, seja em casa, no trabalho, nas férias, na casa de parentes e vizinhos. Seu nome vai para o SPC e SERASA e depois eles vão atrás de seus móveis, seu carro e sua casa. Aliás, tudo já é deles a partir do momento que você se tornou escravo. 

Veja as semelhanças: 

1- Você está preso e não tem para onde fugir; 
2- Tem que trabalhar e entregar o fruto do seu trabalho para eles; 
3- Se não entregar, eles tomam de você; 
4- Se eles não conseguirem tomar de você “por bem” é a hora de tomar “por mal”, é hora da punição: 5 anos de chicotadas no SPC e SERASA, mandam os “feitores” (leia-se “empresas de cobrança”) chicotearem você dia e noite. 
5- Depois, eles tornam-se proprietários de seus bens (carro, casa, etc) e você é descartado. 

- Esse já foi! Agora é hora de pegar outros escravos! Coloquem os panfleteiros nas ruas!

“Olha o crédito fácil e rápido! Sem consulta ao SPC e SERASA!”

- Lá vem mais um. Preparem as correntes!
 

Ah, ia esquecendo: outras semelhanças: 

6- O escravismo moderno, como aquele do século 19, tem o aval do Governo, que dá carta branca para que os bancos cobrem os juros que bem entenderem, além é claro de taxas e mais taxas sobre todo e qualquer serviço e taxas com siglas que você sequer entende; 

7- A Justiça está do lado dos senhores de escravos. Ao invés de defender os oprimidos,a Justiça tem demonstrado total parcialidade em favor das instituições financeiras, sendo que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) que se intitula “Tribunal da Cidadania”, apenas se limita, em suas decisões favoráveis aos bancos, mesmo em casos em que a taxa de juros cobrada seja de 400% ao ano, a alegar que “as taxas de juros cobradas, não demonstram abusividade excessiva contra o consumidor pois estão dentro das taxas médias praticadas pelo mercado”. 

Que mercado é esse? Não pode ser o mercado brasileiro! Será que estamos falando do mesmo país? 

Como explicar que a cobrança de juros de 400% ao ano não é excessivamente abusiva em um país onde o salário mínimo teve alta de menos de 10% ao ano, a taxa SELIC é de 13,00% ao ano, a inflação prevista para 2007 é de 4,5% ao ano e a poupança rende cerca de 0,6% ao mês ? 

Detalhe: Esta mesma poupança pela qual os bancos “remuneram” os clientes “poupadores” com 0,6% ao mês é utilizada por eles para emprestar aos próprios clientes com taxas de juros que chegam a 15% ao mês. 

É bem justo! Vejamos: Você deposita R$ 1.000,00 e ganha R$ 6,00 por mês. Você pega R$ 1.000,00 emprestado, que eles pegam de sua própria poupança e ainda tem que pagar R$ 150,00 ao mês. 

Bem, há aqueles que defendem o banco e vão dizer que sou um “sem vergonha defensor dos caloteiros”. Já sei até as frases de defesa (e ataque) que vão utilizar: 

- “o cliente assinou porque quis”; 
- “ele sabia o que estava assinando e os juros que iria pagar”; 
- “ele tinha escolha de não assinar”, e 
- Agora a mais clássica: “Assinou tem que pagar”. 

Bem, para estes só faço esta pergunta: 

Você culparia os negros pela escravidão? 

Então não culpe o cidadão por estar escravizado pelas dívidas que se multiplicam mês a mês por juros e encargos estratosféricos, com aval do Governo e da Justiça. 

Este pobre coitado não tem ninguém a seu favor, é apenas um escravo. 

Depois querem mudar a nossa visão de que o Brasil não é um país subdesenvolvido, mas sim “um país em desenvolvimento”. Até poderia ser, se estivéssemos em 1800. 

Viva o futebol, Viva o Carnaval, Viva o BBB, Viva a cervejinha. 

Séculos se passaram e a política de Roma ainda é bem utilizada. 

Enquanto eles nos dão o circo nem notamos que aquele que está do nosso lado está sendo devorado pelo leão dos juros e os próximos somos nós. Hei, o leão já comeu minha perna enquanto eu estava aqui distraído com a novela. 

Em países ricos e desenvolvidos os bancos e outras instituições financeiras têm o papel de subsidiar a sociedade e alavancar o país para o crescimento. No Brasil são parasitas gananciosos que sugam a sociedade até a última gota, até não sobrar mais nada, apenas a miséria! 

Onde estará a nossa a nossa Lei Áurea? Socorro Princesa Isabel! 

Fonte: Site www.endividado.com.br

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Não há obrigação de usar beca ou gravata


Publicada em 04/10/2010
Tradicional na rotina profissional dos operadores do Direito, o uso do paletó e da gravata não tem obrigatoriedade imposta na lei. Foi o que reconheceu o juiz federal Leonardo Augusto de Almeida Aguiar, do Juizado Especial Federal Cível de Juiz de Fora (MG). 

Ele julgou procedente o pedido de reparação por danos morais feito pelo advogado Fabio de Oliveira Vargas (OAB-MG nº 90.681), impedido por uma juíza trabalhista de sentar-se à mesa, em uma audiência na 3ª Vara do Trabalho daquela cidade, por não estar engravatado. A ação foi ajuizada contra a União Federal.

A ação está basicamente na prova documental oriunda do próprio processo trabalhista em que ocorreu o incidente. Menciona a ata da audiência: "Presente o advogado Dr. Fabio de Oliveira Vargas (OAB 90681-MG), que não está trajado com beca ou gravata, dizendo a juíza que não pode nem mesmo admiti-lo à mesa de audiências, solicitando-lhe que se mantivesse, caso queira, dentro da sala, mas não à mesa. O Dr. Fábio assentou-se próximo à porta”.

A sentença reconhece que "o advogado deve se apresentar no tribunal vestindo roupas adequadas ao exercício da profissão, porém, o uso de paletó e gravata, especificamente, não tem obrigatoriedade imposta na lei". 

O juiz pondera no julgado que não é por isso também que se vai admitir "o uso de roupas impróprias ou incompatíveis com o decoro, o respeito e a imagem do Poder Judiciário e da própria Advocacia”. 

A sentença conclui também estar "configurada a conduta comissiva e antijurídica da MM. Juíza da 3ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora-MG, que culminou na violação aos direitos da personalidade do autor e comprovado o nexo causal entre o dano e conduta, deve a União reparar os danos morais suportados pelo autor, em face da teoria objetiva prevista no § 6, do artigo 37 da CF/88". 

Para o juiz sentenciante, "faltou razoabilidade" à determinação da  juíza do Trabalho que presidia a audiência. 

A reparação financeira pedida era de R$ 30.600. A sentença concedeu R$ 5 mil. Cabe recurso. Em nome do autor da ação atua seu colega Arão da Silva Junior. (Proc. nº 2009.38.01.706754-3).

sábado, 2 de outubro de 2010

Apropriação indébita | Como os ricos se apossam de nossa herança comum - Editora Senac - São Paulo

Apropriação indébita | Como os ricos se apossam de nossa herança comum - Editora Senac - São Paulo


Unjust Deserts: how the rich are taking our common inheritance (Merecimentos injustos: como os ricos estão tomando a nossa herança comum). Gar Alperovitz and Lew Daly / The New Press New York, London 2008
Por baixo deste título espinhoso, uma jóia. Um livro curto, muito bem escrito, e sobretudo uma preciosidade teórica, demonstrando de maneira clara a deformação generalizada do sistema de remuneração, ou de recompensas, que o nosso sistema econômico gerou. Nesta época de crise financeira, encontramos inúmeros defensores do sistema, dizendo que realmente houve exageros, mas a globalização financeira teria assegurado muitos anos de prosperidade.
Trata-se, aqui, de apropriação indébita: na realidade, houve progressos apesar da globalização financeira, essencialmente devidos aos avanços tecnológicos e científicos, estes sim fonte de aumento efetivo de produtividade.
E como se deram estes avanços? Trata-se de uma ampla construção social, da criação de um ambiente denso em conhecimento e pesquisa, que envolveu todo o nosso sistema educacional, imensos investimentos públicos, e um conjunto de infraestruturas que permitem que estes avanços se generalizem, envolvendo desde a produção de eletricidade, até os sistemas modernos de comunicação e assim por diante. Ou seja, o progresso produtivo que verificamos constitui uma gigantesca maré que levanta todos os barcos.
Levanta todos os barcos, mas a remuneração vai para alguns proprietários. As minorias que se apropriam de uma exorbitante parcela da riqueza gerada pela sociedade, apresentam-se como “inovadores”, “capitães da indústria”, “empreendedores” e outros adjetivos simpáticos, mas a realidade é que conforme cresce de maneira impressionante, durante o último século, o acúmulo de conhecimentos e o nível científico geral da sociedade, a porcentagem de idéias que estas elites acrescentam no estoque geral é mínimo, enquanto a sua apropriação tornou-se absolutamente gigantesca: o 1% dos mais ricos nos Estados Unidos se apropria de mais renda do que os 120 milhões na base da sociedade.
Ou seja, há um imenso enriquecimento no topo da pirâmide, baseado não no que estas pessoas aportaram, mas no fato de se apropriarem de um acúmulo historicamente construído durante sucessivas gerações. Trata-se de enriquecimento sem os aportes produtivos correspondentes. Na terminologia do livro, unjust deserts, trata-se de uma apropriação não merecida (not deserved), e que está deformando cada vez mais as dinâmicas econômicas e a funcionalidade do que temos chamado de mercado.
Para dar um exemplo trazido pelo autor, quando a Monsanto adquire controle exclusivo sobre determinado avanço na área de sementes, como se a inovação tecnológica fosse um aporte apenas dela, esquece o processo que sustentou estes avanços. “What they do not have to consider – ever – is the huge collective investment that brought genetic science from its isolated beginnings to the point at which the company makes its decision. All of the biological, statistical, and other knowledge without which none of today’s highly produtctive and disease-resistant seeds could be developed – and all of the publication, research, education, training and related technical devices witout which learning and knowledge could not have been communicated and nurtured at each particular stage of development, and then passed on over time and embodied, too, in a trained labor force of technicians and scientists – all of this comes to the company free of charge, a gift of the past.” (55)
Trata-se aqui de um dos melhores livros de economia que já passaram por minhas mãos. Bem documentado mas sempre claro na exposição, fortemente apoiado em termos teóricos, na realidade o livro abre a porta para o que podemos qualificar de teoria do valor, mas não da produção industrial, e sim da economia do conhecimento, o que Daniel Bell qualificou de “knowledge theory of value”.
Leitura indispensável. Comprei o meu volume, para variar, na Amazon. Para os que se assustam com teoria econômica, confiem, bons autores não precisam complicar, e este volume é transparente – para quem quer entender, evidentemente. (L.Dowbor)